Oi, Booklovers! Tudo bem?
Batemos um papo com Elizabeth Grey, autora de Apenas amigos, que respondeu às perguntas dos nossos Blogs Parceiros. Conheça mais sobre a autora, sua rotina de escrita, carreira e inspirações!
Mariana, Ponte Literária: Quando você começou a escrever Apenas Amigos os personagens já estavam definidos desde o início ou eles foram criados/modificados conforme você escrevia?
EG: Quando comecei a escrever Apenas amigos, todos os personagens, eventos e cada parte da história foram cuidadosamente planejados. Eu sabia exatamente quem era Violet, qual era a sua personalidade e seu histórico. O mesmo para Ethan, Max, Stella e, em menor grau, os demais personagens. Todo personagem que eu crio tem um cronograma desde o nascimento até os dias atuais, ao qual me refiro ao longo de meus escritos. Até sei onde eles moram e qual é a estação de metrô mais próxima. Eu sou ótima para traçar a trama!
Erika Fiuzza: Os personagens dos seus livros tem alguma inspiração em pessoas reais?
EG: Violet é 80% eu. Ela foi a personagem mais fácil de escrever, pois seus pensamentos e reações seriam iguais aos meus aos mesmos eventos. Ethan é inventado, embora seu humor seja muito semelhante ao do meu marido. A provocação entre os dois é um pouco como o nosso relacionamento. Fico MUITO contente em dizer que Max e Stella são totalmente inventados... como eles poderiam ser reais? :D
Anastácia Cabo, Notas Literárias: Você é formada em alguma área relacionada a artes/desenho? E como mesclar a escrita e o desenho ajuda no seu processo criativo?
EG: Tenho duas formações, uma em arte e a outra em negócios. Trabalhei com marketing criativo antes de escrever, então muito do que sei sobre a agência de publicidade veio disso. Tenho muita sorte de poder usar minha formação artística também.
Helyssa, Voo com livros: Você já teve um romance com um melhor amigo? De onde veio essa ideia?
EG: Não, o romance entre melhores amigos não foi baseado em nada do meu passado. Basicamente, eu realmente amo um romance que se forma devagar tanto na na leitura, quanto na TV... você sabe, o tipo de romance em que todo mundo sabe que um casal deveria estar juntos, mas eles são muito estúpidos ou com medo de tomar a inicitativa, eu queria criar algo nesse sentido. Basicamente, acabei escrevendo o tipo de história que adoro ler.
Mara Santos, Três Leitoras: Quando você começou a escrever a história de Apenas Amigos já tinha em mente todo o drama profissional que a Violet iria passar? Por qual razão escolheu essa temática?
EG: Depois de muitos anos tentando escrever outros gêneros, decidi escrever o que sabia. Eu fiz o personagem ser bem próximo de mim, adicionei um mundo com o qual eu estava familiarizada em Londres (embora essa vida tenha sido há muito tempo, já que eu sou muito mais velha que Violet agora!), então o a parte profissional foi muito fácil de escrever porque trabalhei naquele ambiente. Aquela festa maluca no início de Apenas amigos é real, incluindo os trapezistas, e meu marido, que é engenheiro, trabalhou com um cara que caiu em cocô de vaca na época em que eu estava escrevendo, de modo que a cena engraçada na sessão de fotos em Lake District foi parar assim no livro.
Juliana Negri, Meu mundo viver e ler: Ainda falando sobre as questões que Violet enfrentou, como foi para voce escrever sobre ameaça e assédio no ambiente de trabalho?
EG: Eu realmente escrevi este livro antes do movimento #metoo com Weinstein e outros decolarem. No meu terceiro livro da série, exploro o assunto com muito mais detalhes, mas acho que a experiência de Violet é bastante comum. Acho que a maioria das mulheres, em ambiente de trabalho ou não, já enfrentou o problema do privilégio e da agressão masculina em algum momento das suas vidas, inclusive eu, então a experiência de Violet com Ridley é infelizmente bastante comum. Ridley era um protótipo do cara malvado. Talvez eu o traga de volta em livros futuros e descubra o que aconteceu com ele.
Clara Pamponet: O que você diria para uma leitora que estivesse enfrentando algo parecido com o que Violet precisa lidar?
EG: Eu diria que não é culpa sua, mas não deixe isso de lado. Não sou uma pessoa fechada, falo muito e não tenho vergonha de expressar meus pensamentos e sentimentos. Falar sobre coisas ruins que acontecem com você é libertador. Ficar em silêncio nunca é a resposta. Camila Khan: Você tem uma rotina de escrita? Pode contar sobre ela?
EG: Não tenho uma rotina de escrita. Eu tenho TDAH (Transtorno de déficif de atenção com ansiedade), o que significa que tenho grandes períodos de hiperfoco, onde sou completamente absorvida pelo que estou escrevendo, dormindo quatro horas por noite, e então tenho períodos sem foco, onde não consigo escrever nada que valha por semanas .
Edito muito. Cada capítulo recebe cerca de cinco edições antes de passar para o próximo. Depois, faço uma grande edição no final antes de enviar para o meu editor, que me sugere mais edições para fazer. Gosto bastante de editar. Apenas amigos e It's Complicated (segundo livro da série e que será publicado em breve ela Editora Bookmarks) eram originalmente um livro só, mas ficou muito longo e bagunçado, então o dividi em dois e adicionei muita história à maior parte do segundo livro.
Editora Bookmarks: Deixe um recado para seus leitores brasileiros:
EG: Adoro viajar . Minha pequena família viajou para muitos países diferentes juntos e desde que publiquei Apenas amigos em português, adicionei o Brasil na minha lista de países que simplesmente tenho que visitar um dia. Adorei ler todas as minhas resenhas em português através do Google Tradutor. É ótimo que todos gostem do meu livro britânico e engraçado. Que coincidência eu ter criado uma personagem brasileira, a Delifina, neste livro. como se eu tivesse um sexto sentido de que vocês amariam meu mundo louco! Espero que todos estejam seguros no momento... esse coronavírus é péssimo, não é? Espero que todos possamos voltar ao normal em breve. Um beijão!
E você, já leu Apenas amigos? Não? Então não deixe de garantir o seu, em formato físico ou digital!
